Nos últimos anos, observamos uma mudança significativa no modo de cuidado com os pets. A busca por uma vida mais saudável e sustentável refletiu-se também na nutrição dos animais de estimação, impulsionando a popularidade da alimentação natural para pets. 

Esse tipo de alimentação envolve a oferta de alimentos frescos e minimamente processados, buscando replicar a dieta que os animais teriam em estado selvagem. Essa abordagem considera as necessidades nutricionais específicas de cada espécie, promovendo uma série de benefícios à saúde dos animais. 

Um deles é uma variedade de nutrientes essenciais que contribuem para o desenvolvimento saudável, a manutenção do peso ideal e a prevenção de doenças. Ao contrário de algumas opções comerciais, que podem conter aditivos e conservantes questionáveis, a comida natural permite um controle mais rigoroso sobre os ingredientes utilizados. 

O veterinário e professor do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), instituição pertencente a Cruzeiro do Sul Educacional, Victor Vasconcelos Carnaúba Lima, ressalta que a alimentação também pode ser uma forma de tratamento. “A alimentação natural para os pets pode ser uma ótima alternativa para alguns casos clínicos em que a alimentação comercial se torna inviável para a saúde do animal como um todo. Casos de alergias atópicas (sem causa definida), alergias alimentares e distúrbios gastrointestinais específicos são exemplos de situações em que a alimentação natural poderá ser recomendada pelo médico veterinário”. 

Ao optar por uma dieta natural, os tutores têm a flexibilidade de adaptar a alimentação de seus pets de acordo com suas necessidades específicas. Cães e gatos, por exemplo, possuem exigências nutricionais distintas, e a alimentação natural permite ajustar a proporção de proteínas, gorduras e carboidratos de acordo com as características individuais de cada animal. 

Consultar um veterinário é crucial para desenvolver um plano alimentar adequado. “A dieta deve ser fornecida diante da recomendação do médico veterinário que identificará as necessidades de cada animal”, alerta Victor Vasconcelos Carnaúba Lima. 

A transição para a alimentação natural deve ser feita de maneira gradual, permitindo que o sistema digestivo do animal se ajuste aos novos alimentos.