Em ano de eleição, era natural prever quem seriam os candidatos ao Governo do DF. Entretanto dessa vez será diferente. A política no Brasil vive um dos seus piores momentos. Casos deflagrados de corrupção e escândalos, que levaram caciques políticos a pernoitarem em alas partidárias nos presídios do país, são mais que conhecidos pelo eleitorado brasiliense.

No DF, o tempo está desfavorável, e mais que isso, está nublado e sujeito a pancadas e desabamentos. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) vive, no fim de seu mandato, um terremoto que abalou as estruturas da reeleição. Parece que o socialista, que privilegiou em seu governo a AGEFIS, vive o terror da omissão. A mesma que não cumpre sua missão fiscalizadora, e faz o Governo de Brasília comer do próprio veneno – quem derrubou está sendo derrubado.

Quem são os prováveis candidatos a governador, adversários de Rollemberg? Ninguém sabe. Os partidos da direita vivem na pancada partidária. Frejat (PR), que realmente seria o nome a enfrentar o cenário político, após muitas conversas com os partidos, não conseguiu agregar as vaidades e interesses. O resultado disso foram novos candidatos que surgem da direita para entrar na disputa do cargo.

O PTB do delegado Alírio Neto, após muita conversa, anda trilhando o caminho, buscando novos apoiadores. Alírio encontrou com Gondin (PMB), que é a surpresa do cenário e se destacou com 1,8% nas pesquisas, o que abriu os olhos dos candidatos para colocá-lo como vice na chapa. Gondin (PMB) seria o novato da Ceilândia, frustrada com a atuação do vice-governador Renato Santana (PSD), ceilandense, mas que não conseguiu fazer melhorias em casa.

No ninho Tucano (PSDB), o desabamento foi maior. O presidente Izalci Lucas passou seu mandato provisório surrando os correligionários. O resultado disso foi Izalci com prazo de um mês para correr do desabamento do seu frustrado mandato na presidência, com as chances de ser candidato a governador pelo partido nos últimos suspiros.

Cris Oliveira