No mundo corporativo, onde as empresas buscam constantemente por inovação e responsabilidade social, a liderança feminina é um tema que vem ganhando cada vez mais destaque e sendo cobrado pelos movimentos e demandas sociais.

A 17ª edição do Global Gender Gap Index, desenvolvido pelo Fórum Econômico Mundial, indica que o número de mulheres em cargos de média e alta gerência no Brasil e no mundo ainda é desproporcional. De acordo com dados globais fornecidos pelo LinkedIn, as mulheres representaram, em 2023, 41,9% da força de trabalho. Entretanto, apenas 32,2% dessas trabalhadoras estavam em cargos de liderança de nível sênior (diretoria, vice-presidência ou alta gerência).

Apesar desse cenário, um estudo realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e pelo Talenses Group mostra que, desde o seu início em 2017, a participação feminina em cargos de liderança tem aumentado gradativamente, chegando a representar 26% nas diretorias executivas.

Outro dado relevante é o levantamento feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que aponta que 60% das empresas no mundo que implementaram políticas de inclusão e diversidade relatam melhorias em criatividade, inovação e capacidade de tomada de decisões. No Brasil, um estudo da consultoria McKinsey & Company identificou que empresas com maior equilíbrio de gênero em cargos de liderança têm 21% mais chances de apresentar resultados financeiros acima da média do mercado.

Embora avanços sejam evidentes, há desafios a serem enfrentados. Entre eles estão as barreiras culturais, a falta de mentorias e redes de apoio, além das dificuldades em equilibrar a vida profissional e pessoal, frequentemente atribuídas às mulheres. Essas questões destacam a necessidade de ações concretas para promover a equidade de gênero nas organizações.

Nesse contexto, programas de desenvolvimento de liderança feminina e iniciativas como mentorias, treinamento em liderança e flexibilização de jornada são cada vez mais essenciais. Esses esforços, aliados à conscientização sobre a importância da igualdade de gênero, contribuem não apenas para o crescimento das mulheres, mas também para o avanço das próprias empresas e da sociedade como um todo.