Nos últimos anos, o mercado de leilões imobiliários tem apresentado bons resultados, trazendo perspectivas positivas para o setor em 2025. Segundo informações divulgadas pela Caixa Econômica Federal, em 2022, 9 mil imóveis foram a leilão e, no ano de 2023, o número subiu para 26 mil. Apenas no primeiro semestre de 2024, o contingente já era o dobro da soma dos dois anos anteriores: 44 mil imóveis arrematados.
Especialistas apontam que a inadimplência foi um dos principais motores desse aumento. Com a retomada de imóveis por bancos e instituições financeiras, o mercado de leilões se tornou uma solução viável para liquidação de ativos e recuperação de crédito.
Para aqueles que querem investir, a digitalização do setor, com plataformas on-line, tem democratizado o acesso. É possível encontrar leilão de imóveis em SP com apenas alguns cliques na internet, acessar o edital, dar lances e, em alguns casos, até arrematar a propriedade remotamente. O momento traz uma oportunidade para investidores, que podem conseguir adquirir imóveis a preços competitivos, sobretudo, no curto prazo.
Aspectos econômicos, tecnológicos e comportamentais impactam o setor
A venda de casas, apartamentos e outros imóveis pelo maior lance tem se tornado uma tendência no país, conforme indicam os números divulgados pela Caixa Econômica Federal Esse cenário reflete uma combinação de aspectos econômicos, transformações no comportamento do consumidor e modernização do setor.
A digitalização das plataformas, com a possibilidade de adquirir imóveis remotamente, somada à busca por negociações mais ágeis e seguras, é um dos fatores que contribui para consolidar essa modalidade, de acordo com o CEO da Zuk, Henri Zylberstajn.
“Esse formato favorece tanto instituições financeiras e empresas, que priorizam agilidade nas transações com respaldo jurídico e transparência, quanto proprietários que encontram obstáculos para vender seus imóveis por meios tradicionais, como as imobiliárias, sem obter os resultados esperados”, destaca.
O leilão judicial de imóveis ocorre quando há decisão da Justiça para a venda de um imóvel penhorado. Já os extrajudiciais são realizados diretamente por bancos ou empresas privadas, com base em cláusulas contratuais, sem necessidade de ação judicial.
Zylberstajn acrescenta que o mercado imobiliário no país passou por mudanças nos últimos anos. Ele destaca que a pandemia da Covid-19 acelerou transformações socioeconômicas e, com a recuperação do setor e a queda da taxa Selic, o cenário tornou-se mais favorável para quem busca investir.
Cenário promissor em 2025
O mercado de leilões imobiliários pode continuar crescendo em 2025. Do ponto de vista dos investidores, adquirir propriedades nessa modalidade pode ser uma estratégia lucrativa, seja para revenda ou para locação.
De acordo com o portal Jus Brasil, os investidores podem obter lucros significativos em compras de imóveis leiloados. Entretanto, a página reforça que a decisão entre vender ou alugar o imóvel arrematado deve considerar diversos fatores, incluindo o retorno financeiro esperado, o perfil do investidor e as condições do mercado imobiliário e do mercado financeiro – e, em 2025, deve-se ficar especialmente alerta a esses dois últimos.