Os segmentos de moda e beleza foram os que mais apostaram no Live Shopping como estratégia para tracionar seus resultados no e-commerce nos últimos anos. Por outro lado, foi o agronegócio quem apresentou maior retorno sobe investimentos em transmissões online para vendas de produtos e serviços. É o que mostra o Live Shopping Report by Mimo, primeiro estudo do setor feito no país a partir de bases de dados nacionais, cujos resultados ajudam a dar um primeiro contorno ao tamanho do mercado de Live Shopping no Brasil.
O relatório, que foi desenvolvido pela Mimo Live Sales, startup pioneira de live shopping na América Latina, modalidade que une o live stream com o e-commerce, foi divulgado pela CEO da empresa, Monique Lima, durante o VTEXDAY 2023, um dos maiores eventos de transformação digital do mundo, que ocorreu entre os dias 5 e 6 de junho, em São Paulo (SP).
A executiva salienta a importância do estudo para o setor. “Este conhecimento foi acumulado em função do alto volume de lives feitas com mais de 150 marcas. É um marco importante para a Mimo compartilhar esses dados e representar um benchmark para um mercado novo, mas com um potencial de expansão imenso e que até 2024 vai corresponder a 20% de tudo que se venda on-line no Brasil”. Queríamos trazer inteligência para embasar estratégias, algo fundamental para todo momento de transformação no comportamento do consumidor. E fizemos”, explica a CEO.
Importância do live shopping para empresas B2B
Um dos destaques do estudo é o retorno sobre investimentos para empresas que têm outras empresas como clientes, ou seja, que operam no B2B. Entre as que têm adicionado o live shopping às suas estratégias comerciais com amplo retorno sobre seus gastos estão as do Agronegócio. Para cada R$ 1 investido para realizar transmissões on-line com a participação de consultores que esclareciam dúvidas dos clientes (no caso os produtores rurais), as empresas tiveram R$ 9 em volume de pedidos feitos durante a atração.
“Independentemente do mercado em que é realizado, os resultados revelam o tamanho do apelo que o Live Shopping tem para o público, e os indicadores no Agronegócio denotam isso. Mesmo sendo um público com significativas particularidades, tem alto retorno sobre investimento no formato”, observa Monique.
Setores que utilizam o Live Shopping
Os setores que mais incorporaram o Live Shopping foram o de Moda, concentrando 36% das transmissões. Em seguida aparecem empresas de Beleza (23%), Casa e Decoração (18%%), Eletrônicos (9%). Os 14% que restam distribuem-se em outros mercados.
“Os dados demonstram o que há um espaço inexplorado para que o varejo e demais segmentos possam utilizar o live shopping como diferencial da concorrência para tracionar mais vendas. A estratégia ainda está em seus primeiros passos no Brasil e isso revela uma grande oportunidade para quem precisa sair na frente”, analisa o Chief Revenue Officer (CRO) da Mimo, Fernando Cardoso.
Melhores resultados em conversão
Quando o assunto é a taxa de conversão média as farmacêuticas foram os que apresentaram os melhores resultados nos últimos anos. De acordo com o relatório, a indústria farmacêutica registrou 252% de conversão. Seguida pela indústria (110%), Beleza (35%), Bebidas (34%), Alimentos (32,5%) e Esportes (32,5%). Para chegar ao resultado o estudo baseou-se no volume de pedidos gerados durante a transmissão.
“É interessante observar o quanto as compras rotineiras parecem ter um grande impacto no consumidor quando ofertadas em uma live. Em comparação a taxa média de conversão do e-commerce, que gira em torno dos 2%, os mercados acima são muito impulsionados quando utilizam o Live Shopping, com taxas de conversão, em vários casos, infinitamente maiores”, observa Cardoso.
Investimento e retorno
Sobre o ROI (Retorno sobre investimentos) que as marcas registraram em suas lives, o report da Mimo mostra o segmento de esportes em primeiro lugar, com retorno de 12 vezes do valor investido. O Agronegócio vem em seguida com retorno de nove vezes.
Em seguida aparecem as marcas de Underwear, com retorno de sete vezes e meia, Decoração (7 vezes), Papelaria (6 vezes), Moda (4,5 vezes). Com retorno de quatro vezes aparecem Eletro, Sapatos, Alimentos e Beleza.
Protagonismo das redes
As redes sociais e influenciadores foram os canais que mais trouxeram tráfego para as lives das marcas. Os números dão conta de que 57,9% da audiência que as marcas conseguiram atrair em suas transmissões veio desses dois canais. Somam se a eles mais 7,9% de clientes vindo via WhatsApp.
Os canais tradicionais, como o CRM e os anúncios em mídia completam os 34,2% restantes. “Isso nos sugere que, em geral, a tríade CRM, social media da marca e divulgação dos influenciadores funciona muito bem”, comenta o CRO.
Alto Engajamento
O Live Shopping Report by Mimo mediu também a taxa de engajamento das marcas em suas lives. Baseada no volume de curtidas e comentários dividido pala quantidade de usuários presentes na transmissão concluiu-se que o setor de Construção é o líder de engajamento (202%). Em sequência aparecem a Indústria (184%), Acessórios (158%), Imóveis (145%), Agribusiness (141%) e Underwear (128%). Abaixo da média de 100% de engajamento aparecem em ordem: Casa e Decoração (96%), Alimentos (94%), Tecnologia (93%), Bebidas (84%), Eletro (75%), Beleza (66%), Farmácia (61%), Esportes (58%), Moda (53%), Sapatos (40%), Papelaria (35%).
“O Live Shopping deve se consolidar em alguns anos como a principal estratégia de vendas de muitas organizações. As marcas que já embarcaram nessa tecnologia têm tido excelentes resultados o que faz com que pensem cada vez mais a aumentar sua exposição on-line através lives”, prevê Monique.
“É um dispositivo de vendas moderno, que converte muito mais vendas por apresentar menor fricção na jornada de compras. Ou seja, o cliente conhece o produto, tira dúvidas e faz a compra sem precisar trafegar entre várias telas. Além do mais, essa junção do streaming com o e-commerce torna a experiência de compra mais vívida, e humanizada, é isso que baseia o sucesso das plataformas.”, conclui.
Sobre a Mimo
Criada em junho de 2020, a Mimo Live Sales é uma startup de live shopping que une e-commerce e streaming ao vivo na mesma experiência. A Mimo é um SAAS (Software as a Service) whitelabel no qual as marcas usam a tecnologia para vender via live em seu próprio site ou app. Esse tipo de interação de compras online, que começou na China em 2016 e está se popularizando no Brasil, converte até 30 vezes mais do que o e-commerce tradicional.
A empresa, cujo nome significa “Make Incredible Moments Online” em inglês, é pioneira no live shopping na América Latina e já possui uma lista de investidores de renome incluindo o publicitário Nizan Guanaes, a apresentadora Sabrina Sato, o apresentador Luciano Huck, Felipe Neto e os experts mundiais em live shopping Mark e Zoe Yuan. A Mimo realizou, em 2022, um round de investimento institucional com os CVCs da Locaweb e Cencosud.
Atualmente, mais de 180 marcas já realizaram lives por meio da plataforma. Empresas como Bauducco, Michael Kors, Blue Bird Shoes, Whirlpool, Philips e Bayer são algumas das que já aderiram à inovação oferecida pela Mimo Live Sales.