O Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura – escolheu buquês de flores – é claro – para homenagear as mulheres premiadas com o Diploma Bertha Lutz, reconhecimento realizado durante as atividades sobre o Dia Internacional da Mulher pelo Senado Federal que, neste ano, reconheceu personalidades que se dedicam na luta contra o feminicídio. O buquê seguiu acompanhado de um cartão com informações sobra a empregabilidade feminina no Setor de Flores e Plantas Ornamentais com a mensagem: “Cultivado por Mulheres para Mulheres”. Durante a cerimônia o Instituto exibiu um vídeo com depoimentos de três mulheres, compartilhando suas experiências sobre o trabalho no campo. O diploma é ofertado desde 2001 para aquelas que se destacam na defesa dos direitos e das questões de gênero no Brasil, segundo a Agência Senado. O evento aconteceu na quarta-feira, dia 6.

Além das premiadas, o Ibraflor entregou um total de 220 buquês também para as senadoras e suas assistências e assessoras. Receberam o prêmio a promotora de Justiça Dulcerita Alves, a delegada Eugênia Villa, a ex-ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio e as professoras Gina Vieira Ponte de Albuquerque e Maria Mary Ferreira. A Agência Senado informou que os nomes foram escolhidos pela Bancada Feminina no Senado, presidida pela senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB).  O nome do prêmio é uma homenagem à bióloga Bertha Maria Julia Lutz (1894-1976), uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil, responsável por ações políticas que resultaram em leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos no início do Século XX.

Mulheres na floricultura nacional

O presidente do Ibraflor, William José de Wit, lembra que as mulheres conquistam cada vez mais espaço no mercado de flores. Pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ/USP) e pelo Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura -, realizada em 2022 e divulgada no ano passado, mostra que o setor de Flores e Plantas Ornamentais registrou 272.000 empregos diretos naquele ano, representando 1,17% dos empregos gerados pelo agronegócio brasileiro. É o setor que mais emprega mulheres no segmento, com uma média de quase 50% de empregabilidade feminina, chegando a 63%, dependendo da região. Esse percentual é superior à média nacional, de 43%, que considera todos os ramos de atividades. O contraste é ainda maior quando a comparação se limita ao universo da agropecuária, em que as mulheres ocupavam somente 19,6% das vagas de trabalho no período da pesquisa. A data (8 de março) é muito importante para a floricultura brasileira e representa 8% das vendas totais do ano. Para incentivar o consumo, o setor trabalha com campanhas específicas. O Ibraflor, por exemplo, escolheu como tema, este ano “Com amor e flores celebramos a força feminina”.