Em silêncio e longe dos holofotes, o GDF liberou quase R$ 5 milhões em microcrédito só no primeiro semestre deste ano, por meio do programa Prospera. O dinheiro foi direto para as mãos de 178 pequenos empreendedores – a maioria na área urbana, mas também com atenção às regiões rurais do DF.
É isso mesmo: enquanto muita gente segue no sufoco esperando oportunidade, quem correu atrás e se encaixou nas exigências do programa já está recebendo até R$ 15 mil para girar o negócio, comprar equipamentos ou ampliar o serviço.
O programa é voltado justamente para quem mais precisa, com condições acessíveis de juros, carência e até parcelamento. Mães solo, vendedores de marmita, donos de salões e pequenos produtores estão entre os beneficiados. O governo promete dobrar esse valor até o fim do ano, o que pode ser um respiro num cenário onde o crédito anda escasso.
A pergunta é: quantas pessoas estão sabendo disso?
Quantos microempreendedores das periferias do DF têm acesso a essa informação ou conseguem enfrentar a burocracia para conseguir o recurso?
A secretária da área, Thalita Costa, garante que o programa está funcionando bem. E está mesmo. Mas falta divulgação, transparência nos critérios e, principalmente, chegar onde o povo está. O que adianta ter R$ 10 milhões para emprestar se os interessados não sabem nem por onde começar?
Enquanto isso, o Prospera segue aberto. Se você tem um pequeno negócio e está precisando de fôlego, vale procurar o site da Sedet ou as agências do Na Hora.
Fica a dica: o recurso existe. O que falta, muitas vezes, é acesso.
