O dinheiro não anda mais de ônibus nem de metrô no Distrito Federal. Um ano após a modernização do sistema de pagamento de passagens do transporte público coletivo, 100% das viagens são custeadas de modo digital. São aceitos os cartões Mobilidade e Vale-transporte, bancários físicos ou por aproximação (débito e crédito) e as gratuidades.
O processo foi iniciado pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) em 1º de julho de 2024 e executado de modo gradual para facilitar a adaptação dos usuários. Primeiro, 52 do total de 934 linhas urbanas pararam de aceitar dinheiro. Hoje, o modo de pagamento não é aceito em nenhum coletivo, nem no metrô.
O uso de cartões bancários e de gratuidades (Estudantil, PcDs e Sênior) ocupam 9% e 30% do total, respectivamente. Essas duas formas de custeio não dão direito ao benefício da integração. Os cartões bancários devem ter o sistema de pagamento por aproximação, mas os usuários também podem utilizar smartphones, relógios ou pulseiras eletrônicas.
“O pagamento de passagens somente por meio digital trouxe segurança aos usuários e reduziu o tempo de embarque, tornando as viagens mais rápidas”, salienta o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves. “O próximo passo será o lançamento do aplicativo do DF no Ponto, que vai permitir ao passageiro acompanhar e planejar suas viagens, com a previsibilidade dos ônibus, podendo, em algumas linhas, até haver aumento de viagens em função da redução de tempo e otimização do sistema.”
Segurança, inclusive, é o principal ponto positivo da digitalização do sistema para o estudante Davi Miranda, 19 anos. Morador de Planaltina, ele anda de ônibus todos os dias, de manhã e à noite, a caminho da faculdade e do trabalho. “Sem dinheiro circulando, fica menos atrativo para roubos”, afirma.
Já o auxiliar administrativo Gustavo Costa Oliveira, 20, elogia a facilidade em carregar o cartão Mobilidade. “Eu uso todos os dias, pelo menos umas quatro vezes. Eu pego dois ônibus no mesmo sentido e pago só uma passagem, ajuda muito. E achei excelente a questão do Pix, porque em qualquer lugar você pode recarregar seu cartão e continuar usando o transporte”, diz.