Viajar com os pets tem se tornado cada vez mais comum entre os tutores que desejam aproveitar momentos de lazer, sem abrir mão da companhia de seus companheiros. No entanto, essa escolha exige planejamento, responsabilidade e atenção aos detalhes, principalmente quando o destino envolve longas distâncias ou estadias prolongadas. Garantir a segurança e o bem-estar do animal ao longo do percurso — seja ele terrestre ou aéreo — é fundamental para uma viagem tranquila e prazerosa.

A médica-veterinária e gerente de produtos da Pet Nutrition, Bruna Isabel Tanabe, ressalta que o ponto de partida para qualquer viagem com os pets é uma visita ao consultório veterinário. “Antes de viajar, o ideal é passar por uma consulta para avaliar se o animal está com as vacinas em dia, em boas condições de saúde e apto para o deslocamento. Essa avaliação prévia ajuda a evitar imprevisto, receber as orientações adequadas de acordo com as condições clínicas do seu melhor amigo”, afirma.

Outro ponto essencial é a escolha do meio de transporte e o tipo de acomodação que será utilizado pelo animal durante o trajeto. No caso de viagens de carro, a legislação brasileira exige que os pets estejam devidamente contidos — seja por cinto de segurança apropriado ou caixa de transporte; essa medida não só protege o animal, como também evita distrações para o motorista. “Não é recomendável levar o pet solto no carro. Além de perigoso, pode gerar acidentes graves. A caixa de transporte, além de ser segura, oferece ao pet um ambiente familiar e confortável, especialmente se ele já estiver acostumado com ela”, explica Bruna.

Para viagens aéreas, o planejamento deve começar com bastante antecedência. Cada companhia aérea tem suas próprias exigências em relação ao transporte de animais, que podem incluir laudos de saúde, carteira de vacinação atualizada e até microchipagem, dependendo do destino. Em viagens internacionais, é comum a exigência do Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos, além de exames específicos que podem demorar dias ou semanas para ficarem prontos. Bruna alerta que “muitos tutores só descobrem essas exigências perto da data do embarque e acabam enfrentando dificuldades. O ideal é se informar com, no mínimo, 30 dias de antecedência, e contar com o apoio do
médico-veterinário que acompanha o animal para reunir toda a documentação”.

Durante a viagem, o pet também precisa de cuidados com alimentação e hidratação. O ideal é oferecer água fresca ao longo do trajeto e fazer pequenas refeições ou snacks leves — evitando alimentos muito volumosos, que podem causar enjoos, especialmente em deslocamentos longos. Os petiscos são aliados interessantes nesse momento: além de distraírem o animal, ajudam a reduzir o estresse causado pela mudança de ambiente. “A mastigação é um comportamento relaxante para muitos cães. Quando utilizamos snacks apropriados, podemos transformar um momento potencialmente estressante em uma experiência mais agradável para o animal”, sugere Bruna.

Ao chegar ao destino, é importante permitir que o pet explore o ambiente com calma, sempre sob supervisão, para que se familiarize com o novo espaço. Locais muito barulhentos ou movimentados podem gerar ansiedade, especialmente em animais que não estão acostumados a sair de casa com frequência. Outro ponto de atenção é o clima: pets de focinho curto, como bulldogs e pugs, sofrem mais em ambientes muito quentes e precisam de cuidados redobrados.

Muitos tutores aproveitam as férias escolares para viajar com as crianças e os pets ao mesmo tempo — uma combinação que pode ser maravilhosa, mas também desafiadora. É essencial lembrar que, apesar de sociáveis, os animais têm limites físicos e emocionais. “As crianças tendem a querer brincar o tempo todo, mas o pet precisa de momentos de descanso e, muitas vezes, de silêncio. Ensinar os pequenos a respeitar o espaço do animal é uma forma de garantir a harmonia da viagem”, orienta Bruna. Ela ainda reforça a importância de paradas estratégicas em viagens de carro, permitindo que o animal caminhe, beba água e faça suas necessidades com tranquilidade.

Por fim, a preparação da bagagem do pet não pode ser deixada de lado. Além de ração, petiscos, potes, coleira e guia, não esqueça de levar itens que o animal reconheça, como uma manta, brinquedo ou caminha — elementos que ajudam a proporcionar segurança emocional em um ambiente desconhecido.

E a viagem com os gatos?

Embora muitos tutores queiram levar seus gatos para viagens, é importante considerar que os felinos, em geral, são animais extremamente apegados ao território e tendem a sofrer mais com mudanças bruscas de ambiente. Por isso, na maioria dos casos, o ideal é que o pet permaneça em casa, sob os cuidados de um responsável de confiança ou de um serviço especializado em pet sitting.*

Para tutores que optam por deixar o gato em casa, organizar previamente a visita de alguém para alimentar, limpar a caixa de areia e oferecer carinho ao pet é essencial para manter a saúde física e emocional do animal durante a ausência da família.

Se, ainda assim, a viagem for inevitável, alguns cuidados são fundamentais para minimizar o desconforto. O uso da caixa de transporte é indispensável e, sempre que possível, ela deve conter objetos familiares, como uma manta ou brinquedo com o cheiro da casa, proporcionando uma sensação de segurança. Outra estratégia que pode contribuir significativamente é o uso de feromônio sintético, disponível em sprays ou difusores. Os feromônios são substâncias naturais liberadas pelos próprios animais para transmitir mensagens de tranquilidade e segurança — e suas versões sintéticas ajudam a reproduzir esse efeito calmante, auxiliando na redução do estresse em situações novas ou desafiadoras.

Além disso, o tutor deve manter a rotina de alimentação o mais próxima possível do habitual e garantir momentos de tranquilidade para o felino se adaptar ao novo ambiente. “Diferente dos cães, que costumam se adaptar melhor a novas rotinas e ambientes, os gatos são muito sensíveis a alterações no espaço em que vivem. A viagem pode gerar estresse intenso, impactando diretamente na saúde e no comportamento do animal”, explica Bruna.

Em casos de hospedagem fora de casa, opte por acomodações que aceitem gatos e ofereçam segurança, evitando espaços com muitas rotas de fuga ou exposição a outros animais desconhecidos. Bruna orienta: “O importante é respeitar o perfil do seu gato. Nem todo felino vai se adaptar bem a uma viagem, e forçar essa situação pode ser prejudicial ao bem-estar dele”.

Como visto, viajar com pets pode ser uma experiência extremamente gratificante, fortalecendo ainda mais o vínculo entre tutor e animal. Mas, para que tudo corra bem, cada etapa da jornada deve ser cuidadosamente pensada e respeitar as necessidades do seu companheiro de quatro patas. Com atenção, carinho e um bom planejamento, as férias em família — incluindo o pet — têm tudo para serem inesquecíveis.

Sobre a Pet Nutrition:

A empresa fundada em 2011 com o nome de Petitos, na cidade de Pirassununga, São Paulo, e com objetivo de proporcionar amor e saúde aos pets, através de produtos de alta qualidade, sabor e inovação.

Pioneira em snacks naturais, foi adquirida em 2023, pela Biolab Sanus Farmacêutica e, dentro da estrutura da Avert Biolab Saúde Animal, passa a se chamar Pet Nutrition; com objetivo de fortalecer e valorizar o segmento de snacks para pets, reforçando o posicionamento em termos de composição, nível nutricional e crescimento do portfólio. A Pet Nutrition segue todos os parâmetros de produção e qualidade da Biolab.

Os produtos são desenvolvidos por profissionais especializados em nutrição animal e fabricados com matéria-prima de excelente qualidade, ingredientes frescos, rico em nutrientes e com carne na composição para garantir a palatabilidade, e serem atrativo aos pets. Para mais informações acesse: https://www.petnutrition.com.br/

*Pet sitting é um serviço em que uma pessoa cuida do animal de estimação na casa do tutor ou em sua própria residência, oferecendo atenção, alimentação e cuidados durante a ausência do dono — como em viagens ou longos períodos fora de casa.