Cappelli visita área degradada por aterro do governo Rollemberg e expõe contradições do PSB no DF

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, visitou nesta quarta-feira (1º) o poluído Rio Belchior, em Samambaia, área diretamente impactada pela instalação de um aterro sanitário durante o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB). A visita ocorreu em meio a crescentes denúncias de degradação ambiental na região, agravadas pela proximidade com nascentes e zonas de preservação.

O espaço foi inaugurado em 17 de janeiro de 2018 por Rollemberg e passou a receber 900 toneladas diárias de rejeitos. O lixo é triado por cooperativas da Asa Sul, Ceilândia, Sobradinho e Brazlândia antes de ser destinado ao local. A medida integrava o plano de desativação do Lixão da Estrutural, mas, segundo ambientalistas, a solução criou outro passivo ecológico agora no coração de Samambaia.

A presença de Cappelli no local não passou despercebida. Ex-interventor da segurança pública do DF e também filiado ao PSB, ele evitou críticas diretas a Rollemberg, mas sua agenda expôs uma contradição dentro do partido: enquanto a legenda defende pautas ambientais e sustentáveis no discurso, foi justamente em sua gestão local que se implantou um aterro em área sensível, sem a devida compensação ou fiscalização ambiental de longo prazo.

A população da região denuncia contaminação do solo, mau cheiro constante e ausência de transparência nas ações de controle ambiental. “É um rio morrendo diante dos nossos olhos. E ninguém do governo da época voltou aqui para ver as consequências”, lamenta um morador.

A visita também reacende o debate sobre a responsabilidade ambiental dos governos anteriores e o uso político de temas sensíveis como a sustentabilidade.

 

Cris Oliveira

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