“Eu cheguei aqui de uma forma bem vulnerável, debilitada, sem apoio da família e sem saber para onde correr. Hoje, posso dizer que encontrei uma nova vida, uma rede de apoio que me deu forças para recomeçar.”
O relato é de Joana*, mãe solo de cinco filhos, que durante cinco anos viveu um relacionamento abusivo e foi vítima de violência doméstica, sendo mantida em cárcere privado por mais de dois anos.
Há seis meses, Joana encontrou acolhimento no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF). Desde então, participa do grupo psicossocial “Virando a Página”, que ocorre de forma remota às quartas-feiras e reúne cerca de 30 mulheres. Os encontros são conduzidos por um psicólogo e têm como objetivo fortalecer o emocional e reconstruir a autoestima das participantes.
Além disso, Joana frequenta às quintas-feiras à tarde os cursos de artesanato oferecidos pelo Ceam, onde aprendeu fuxico, tapeçaria, crochê e bordado — atividades que têm sido fundamentais para sua autonomia e reintegração social.
Atualmente, ela também conta com acompanhamento psicológico e social, além de receber o Bolsa Família e o auxílio aluguel social, benefício temporário de R$ 600 mensais concedido a mulheres em situação de violência doméstica que precisam deixar suas casas para viver com segurança.
“Hoje, posso dizer que encontrei uma nova vida, uma rede de apoio que me deu forças para recomeçar.” — Joana, participante do Ceam*
Rede de acolhimento em expansão
Histórias como a de Joana refletem o fortalecimento da rede de atendimento às mulheres no Distrito Federal. Em apenas dois anos, a Secretaria da Mulher ampliou de 14 para 31 unidades de acolhimento em todas as regiões administrativas.
As unidades oferecem escuta qualificada, orientação jurídica, apoio psicossocial e encaminhamentos para a rede de proteção. A Casa da Mulher Brasileira e a Casa Abrigo seguem como referências, enquanto os novos centros, núcleos especializados e unidades móveis reforçam a capilaridade do atendimento.
A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, destaca que o foco é a prevenção e a informação, levando apoio até as comunidades:
“A missão da Secretaria da Mulher é a prevenção, a informação. Quando acontece a violência, a gente tem que enfrentar; mas queremos que ela não aconteça. Por isso, ampliamos os espaços públicos: saímos de 14 unidades para 31, e este ano inauguramos quatro Centros de Referência da Mulher Brasileira. Se a mulher não vai até o apoio, a informação precisa chegar até ela.”
“Quem cuida de uma mulher, cuida de uma família, cuida de uma geração. Se a mulher está bem, com certeza nós vamos ter um mundo melhor. Então, é um investimento. Este é um governo amigo da mulher”, acrescenta a secretária.
“Com o investimento contínuo e a expansão de nossa rede de acolhimento, mostramos o compromisso de nossa gestão em proteger e garantir o desenvolvimento integral de cada mulher. Nosso objetivo é que todas tenham acesso rápido e humanizado a serviços públicos e oportunidades para alcançar sua autonomia financeira. São políticas públicas que transformam vidas, tornando o DF um lugar cada vez melhor para as mulheres”, emenda a vice-governadora Celina Leão