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Uma das notícias mais comentada, em todos os jornais desta última quinta feira (13), foi o descumprimento do prazo da Petrobrás para a entrega do relatório do seu balanço relativo ao terceiro trimestre. O prazo venceria hoje (14), mas a estatal informou que só divulgará seu balanço em meados de dezembro.

Na manhã desta sexta feira (14) mais um capítulo da “novela “ Petrobrás está sendo mostrado em todo o país e no mundo. Desta vez, dando continuidade a Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão em várias capitais do país, inclusive no Distrito Federal.

O primeiro a ser preso foi o ex diretor de serviços da Petrobrás , Renato Duque, indicado pelo atual governo para a diretoria de serviços da estatal. Duque é apontado por policiais e procuradores, como o principal operador do (PT) nos desvios da Petrobrás, e de repassar cerca de 3% de todos os contratos que assinava para o Partido dos Trabalhadores. Sua diretoria cuidava dos projetos de engenharia e das licitações de obras que, segundo o Tribunal de Contas da União, foram superfaturas em duas refinarias, Abrel e Lima e no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de janeiro). Renato Duque foi preso no inicio dessa manhã em sua residência no Rio de Janeiro.

Também foram presos nesta manhã, executivos de grandes empreiteiras de todo o país suspeitas de pagar propina para fechar contratos com a Petrobrás. Segundo investigações, os contratos nos últimos anos dessas empresas com a estatal, somam aproximadamente 59 bilhões que tinham como um dos objetivos, financiar campanhas de políticos em todo o país.

Além do presidente da OAS, Léo Pinheiro, foram presos o superintendente para a área de petróleo e gás da empreiteira, Agenor Medeiros; o presidente da UTC Constran, Ricardo Pessoa; e o vice presidente da Engevix, Gerson Almada.

Foram também emitidos 27 mandados de prisões preventivas e temporárias, dos quais 18 já foram cumpridas, e bloqueados R$ 720 milhões de todos os executivos suspeitos de envolvimento com o esquema de lavagem de dinheiro.

Segundo informações da (PF), por enquanto, nenhum político será preso. Mas um dos mandados de condução coercitiva foi para Marice Corrêa, parente do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Marice foi conduzida à Polícia Federal para prestar esclarecimentos. Agora é aguardar para ver até onde a água dessa Operação Lava Jato respingará.

Daniele Sobreira.
política Nacional
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