filippelli

Na política, o que parece normal visto de longe, torna-se um alienígena quando se aproxima. Este é o caso da aliança PT-PMDB, tanto a nível federal quanto regional. Aliás, em Brasília é a melhor definição desse jogo de cena. Parece que tudo está uma maravilha, tranquilo em pleno voo de brigadeiro. Mas quando se aproxima, a verdadeira imagem se revela: um ser apavorado e em busca de abrigo. O silêncio de monge beneditino imposto pelo vice-governador e presidente do PMDB local, Tadeu Filippelli dá uma dimensão exata dos silêncios que antecedem as grandes batalhas.

Filippelli nada diz, mas o PMDB nacional já sinalizou que ele pode articular um plano B, caso o PT de Agnelo resolva ser maior do que o fiel da balança. Repetindo: o PMDB tem planos para 2018 e não quer ficar a vida toda tutelando o PT no DF e outras regiões do país. Portanto, Filippelli está com um pé no Palácio do Buriti e outro na margem do rio político. O que tem de lideranças procurando o “tocador de obras”, não está na agenda. Por enquanto, as articulações visíveis de Filip­pelli se restringem a buscar nomes que sejam puxadores de votos, tanto para a Câmara Legislativa quanto para o Congresso. Disse Congresso. Significa que o PMDB tem um plano B que inclui até o Senado. Tudo pode acontecer, incluindo nada.

Se Michel Temer perder a vaga de vice, como tudo indica, a presidente Dilma Rous­seff vai ver os dentes peemedebistas rangendo em sua direção. É por isso que o ex-presidente Lula da Silva está minimizando a crise entre PT e PMDB.

Fonte: Jornal Opção – Coluna Brasília – Wilson Silvestre