O Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Regional de Samambaia (HRSam) realizou, nos primeiros nove meses e meio deste ano, 3.277 partos, uma média de 364 por mês. Houve baixo percentual de mortalidade – 9,2 óbitos fetais a cada grupo de mil nascidos vivos, melhor do que o ideal estabelecido pelo Ministério da Saúde, que é de dez. Do total de partos, 2.190 foram normais e 1.087 cesarianas.

“O atendimento é ótimo. Nota dez para todos os profissionais”, relatou Lídia Ferreira, 34 anos, sobre o acolhimento e acompanhamento que recebeu no HRSam, onde teve o pequeno Ravi com 41 semanas. “Amei tudo. O cuidado da equipe, a alimentação e o ambiente do hospital. Não tenho do que reclamar”, elogiou a mãe.

Lídia, assim como milhares de mulheres, faz parte de uma extensa lista de pacientes bem atendidas pelo setor de Ginecologia e Obstetrícia do hospital. “Mantemos o índice de mortalidade abaixo da expectativa e, ainda, deixamos o percentual de partos normais acima do estipulado”, informou a ginecologista obstetra e gerente de Assistência Cirúrgica do HRSam, Aline Magalhães.

Segundo ela, “o indicador de partos normais chegou a 83% nos seis primeiros meses de 2019, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza uma taxa de 70%”, relatou Aline Magalhães.

Uma das pacientes que teve parto normal, recentemente, na unidade, foi Raquel Sousa, 21 anos, mãe da pequena Katrina. Nascida em uma manhã fria, a bebê foi bem recebida pela equipe de saúde do HRSam, segundo a jovem mãe. “Ela foi muito bem tratada e eu também me senti bem cuidada. Achei muito bom todo o acompanhamento que fizeram”, relatou.

Outra que teve parto normal e elogiou o acolhimento da equipe foi a dona de casa Paula do Espírito Santo, 27 anos. Assim que chegou ao hospital, ela conta que foi prontamente recebida. “O atendimento foi rápido desde a portaria. Não esperei muito e me trataram bem”, lembrou a mãe, que teve Bernardo com 38 semanas.

Fototerapia
Os cuidados com Bernardo foram mais excepcionais em relação aos demais bebês. A equipe detectou, pouco depois do parto, uma icterícia (coloração amarela na pele), causada pela substância bilirrubina, criada quando os glóbulos vermelhos se rompem. “Por isso, foi necessário submetê-lo a uma fototerapia, colocando-o em um aparelho que emite raios ultravioletas sobre a pele. Cuidaram muito bem dele”, ressaltou a mãe.

De acordo com a gerente de Assistência Cirúrgica, os raios ultravioletas estimulam a absorção da bilirrubina até atingir os níveis normais, evitando que a substância cause atraso de desenvolvimento por impregnação no cérebro. Assim, a alta de Bernardo precisou ser adiada até a solução do problema. “Em caso de uma concentração maior desse composto, o bebê precisa da fototerapia por um tempo mais prolongado”, explicou Aline.

Projeto
Para o futuro, com o objetivo de melhorar ainda mais o serviço à população, a gerente de Assistência Cirúrgica do HRSam informou que a equipe planeja realizar um projeto-piloto na Maternidade da unidade. A ideia é orientar os pacientes sobre os atendimentos no local.

“A classificação de casos, entre graves e mais simples, não é de entendimento geral. Muitas vezes, uma paciente que espera há mais tempo não tem a mesma urgência do que alguém que entra de imediato e está com quadro grave. Nosso objetivo é orientar sobre isso”, esclareceu Aline Magalhães.

Outra finalidade é explicar à população sobre que casos são de atendimento hospitalar e quais devem ser acolhidos pelas unidades básicas de saúde (UBS). “Queremos identificar as pessoas já nas UBS, fazer um agendamento e trazer um quantitativo para ser orientado sobre o funcionamento”, informou a gerente.

*Com informações da Secretaria de Saúde