O advogado Leandro Nardy, de Brasília, questiona: como os advogados, enquanto classe, poderiam ajudar os mais atingidos pela crise econômica gerada por essa pandemia? Será que consultoria grátis via lives nas redes sociais seriam úteis? Será que finanças retidas judicialmente não poderiam ser revertidas emergencialmente para programas de transferência de renda e depois repostas pelo estado? Será que uma campanha de doação de empresários do ramo têxtil e um mutirão dos detentos de presídios para produzirem máscaras em larga escala seriam cabíveis?

Afinal, todo tipo de proteção é valido numa pandemia! Como advogado, conheço bem o sistema penal e acho essa ideia perfeitamente exequível. Será que não teremos criatividade suficiente para elaborar formas de driblar a crise e produzir algo durante esses tempos de isolamento social? Será que ficaremos, de fato, parados e inertes diante de tão severa situação, curtindo o ócio e reclamando do tédio? Será que nossa economia continuará dependente da venda de nossos recursos naturais e nossa matéria prima, que serão processados pelos chineses e revendidos a nós na forma de produtos, como as máscaras e luvas que precisamos tão urgentemente? Será que nossos líderes e governantes serão tão maquiavélicos que nem numa crise como essa nos conduzirão a abrir os olhos e reconhecer que é em momentos como esse que temos que dar a volta por cima e reprogramar nossas mentes para “extrairmos água de pedra”, como fazem as nações mais avançadas?

A Alemanha só é o que é hoje depois de ter sido destruída pela guerra! O Japão idem! Será que não conseguiremos aprender pelo exemplo deles e teremos que passar por uma destruição? Será que somos tão incompetentes assim ou somos apenas acomodados?

Leandro Nardy